Os ministérios da
Educação e do Planejamento emitiram nesta sexta-feira um comunicado reafirmando
que não haverá reabertura de negociações com os professores das universidades
federais em greve há cem dias.
As pastas
destacaram que um acordo já foi assinado com Federação de Sindicatos de
Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) no início do
mês. No entanto, outras entidades sindicais alegam que a Proifes representa a
minoria dos docentes, o que invalidaria o acordo.
Na quinta-feira, a
presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino
Superior (Andes), Marinalva de Oliveira, protocolou em Brasília uma contraproposta
à oferta feita pelo governo. No documento, a categoria abre mão do aumento
salarial, acatando o piso de 2.000 reais apresentados pelo governo federal,
ficando 500 reais abaixo do valor pedido pelos professores.
Em troca, pede a
reestruturação da carreira docente. O Andes pede que, a cada degrau de
progressão, os professores recebem aumento salarial de 4% – antes, o percentual
desejado era 5%.
Apesar da contraproposta, o governo
considera as negociações encerradas desde que assinou o acordo com o Proifes.
"As entidades sindicais que não assinaram o acordo podem fazê-lo a
qualquer momento. Entretanto, o orçamento do Ministério da Educação já foi
encaminhado ao Ministério do Planejamento com a proposta negociada e está em
processamento. Não há possibilidade de reabertura de negociações ou de análise
de qualquer outra contraproposta que altere o acordo já assinado", diz o
governo no comunicado desta sexta-feira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário